Primeiro foram os vinhos, depois os cafés e agora os chocolates.

Tudo o que é sublime merece ser elevado a uma categoria mais alta, e com o alimento dos deuses não poderia ser diferente.

Segundo a Wikipedia, a palavra gourmet é francesa e atribuída à cozinha ou produto alimentar que estejam associados à idéia de haute cuisine (alta cozinha).

Portanto, algo de alta qualidade e reservado para paladares mais avançados e experiências gastronômicas mais elaboradas.

Também pode estar associado à produções limitadas, design arrojado e alto valor agregado.

No caso do chocolate, trata-se de um produto elaborado somente com derivados de cacau: amêndoas de excelente procedência, pouco açúcar e zero gordura vegetal hidrogenada. Sabor para ser apreciado puro ou combinado a uma gama de sabores menos convencionais.

Portanto, nem tudo merece ser chamado de gourmet – mas é exatamente isso que está acontecendo.

O mercado está fazendo mau uso da palavra 🙁

Na confeitaria, por exemplo: basta usar Nutella com Leite Ninho e bingo! Temos um produto gourmet, não importa qual o chocolate que foi utilizado ali.

Olha, eu gosto de Nutella, mas não tem nada a ver com alta gastronomia.

Colocar a palavra gourmet num produto que você vende tem que trazer um compromisso com a verdade – ou não?

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